O feedback já está mais do que consolidado como uma ferramenta importante de desenvolvimento, mas, ainda gera dúvidas e insegurança nos gestores. Selecionamos dicas para que o processo seja saudável para todos os envolvidos.

por Maíra Stanganelli / CMKT Leme | 6/6/2019 


▶ Você certamente tem um cronograma das etapas de execução da Avaliação de Desempenho com Foco em Competências da sua empresa. Mas, em algum momento, você refletiu sobre qual é a etapa mais importante desse projeto?

Nós vamos ser categóricos ao afirmar que, se a sua avaliação foi estruturada adequadamente e teve um ótimo índice de adesão, o momento mais importante do projeto de Avaliação é… O pós-avaliação! Isso mesmo!

Rogerio Leme costuma dizer que “avaliar é uma questão estática” e a gente explica o motivo dessa frase: são gerados os resultados, apontando os gaps técnicos e comportamentais, mas “só isso” não muda o cenário. O que dá dinâmica ao processo é o feedback pós-avaliação. É o gestor se reunir com o colaborador e fazê-lo ter acesso aos resultados, entender os seus comportamentos, nos quais foi melhor avaliador e naqueles em que apresentou média baixa. O funcionário aumenta o seu nível de autoconsciência e vai trabalhar para reduzir os seus gaps, colocando em prática novos comportamentos. É assim que a roda gira.

Por isso, quando falamos sobre a importância do feedback, nós não estamos sendo dramáticos, nós estamos sendo realistas: a cultura do feedback muda empresas, muda pessoas e é o que gera resultados na Gestão por Competências.


QUEM É RESPONSÁVEL POR DAR O FEEDBACK

Dentre as milhares de atividades de um gestor de equipes, feedback é, sem dúvida, o primeiro item que deve constar no to do list. O gestor é o responsável pelo feedback ao colaborador, tanto no momento após a avaliação quanto no do dia a dia – não é preciso esperar a avaliação para dar um feedback.

Nós trouxemos esse tópico para cá pois, já ouvimos (e lemos) casos de empresas e especialistas que sugerem que o RH faça o feedback pós-avaliação. Mas, não faça. Essa responsabilidade é do gestor, pois é ele quem está com os seus colaboradores diariamente, que conhece a sua equipe, que sabe como abordar cada um dos membros. Por isso, terceirizar feedback é uma crueldade.

Por outro lado, sabemos que alguns gestores têm dificuldade para dar o feedback – e não vamos propor “aliviar” o processo. O que sugerimos é treinar os profissionais em posição de liderança para que saibam utilizar essa poderosa ferramenta de desenvolvimento. E, se é uma “ferramenta”, há técnica, há um “como fazer” que seja mais confortável para o gestor e, acima de tudo, construtivo para o colaborador.


QUAIS AS MELHORES ESTRATÉGIAS PARA O FEEDBACK PÓS-AVALIAÇÃO

O RH não é responsável pelo feedback pós-avaliação dos colaboradores, mas é sua função apoiar os gestores, para garantir o alinhamento do processo com a estratégia organizacional. Por isso, selecionamos algumas dicas que devem ser incluídas no treinamento de desenvolvimento de líderes para o momento do feedback:

– quem participa do feedback: apenas 2 pessoas, o líder e o liderado. As reuniões são individuais, com cada membro da equipe;

– local: esse momento é privado e deve ser feito em uma sala de reunião ou local semelhante, sem interrupções de outras pessoas ou de telefone;

– horário: durante o expediente do colaborador, afinal, trata-se de desenvolvê-lo profissionalmente. É fundamental que o gestor cumpra o horário combinado;

– como agendar: o gestor pode falar abertamente com a equipe sobre o feedback. Mas, se é comum que o gestor se comunique por e-mail com a sua equipe, ele pode usar esse mesmo recurso e propor dia e horário para cada membro;

– quando o feedback deve ser dado: como o foco das dicas é para o momento pós-avaliação, é sensato dar os feedbacks para todos os membros da equipe no mesmo período, logo após os resultados serem entregues. E se são feedbacks rotineiros, como para correção de rota, é indicado que seja imediatamente após o acontecimento;

– o foco do feedback deve ser sobre os comportamentos: o objetivo é contribuir para que o funcionário aumente sua consciência sobre si, por meio do estímulo aos comportamentos que levaram aos bons resultados e correção daqueles que não foram positivos;

– só o gestor fala no feedback? Não! Esse momento também é para o gestor ouvir o que o liderado tem a dizer, especialmente se foi feito um empenho sobre alguma entrega que ele deve fazer.

É fundamental esclarecer que o feedback não é um ponto de vista, nem uma opinião e não é bronca; é uma informação e ela deve ser precisa. O gestor deve se pautar em dados para dar o feedback. Por isso, lembre-se de incluir neste treinamento um momento de orientação para interpretação dos relatórios, para que os líderes saibam como entender as informações e esclarecer dúvidas do liderado, caso haja.

Para complementar o processo, os liderados também podem ser treinados para receber feedback. Você pode organizar palestras de sensibilização com os colaboradores, orientando-os quanto ao processo e deixando clara a importância desse momento tanto para o desenvolvimento profissional e, certamente, para o pessoal.

O feedback é uma ação esperada por todos os colaboradores. Todos precisam saber como estão indo e o que podem fazer para melhorar. Não permita que os líderes guardem para si informações que precisam ser compartilhadas com cada membro de sua equipe.

Por essas razões, estimule a cultura do feedback em sua organização e ajude líderes a transformarem suas equipes para o alcance sustentável de resultados!

Para saber mais sobre técnicas de feedback, indicamos a leitura do livro “Feedback para Resultados na Gestão por Competências pela Avaliação 360º”, de Rogerio Leme, publicado pela Editora Qualitymark. ◼


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Fazer a gestão de equipe é um desafio para quem é líder. Mais fundamental do que conhecer o time, é conhecer a si mesmo.


por Maíra Stanganelli / CMKT Leme | 22/8/2018

Gestão de Equipe

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▶ Montar e manter equipes motivadas e com bom rendimento é (mais) um dos (grandes) desafios embutidos em qualquer função de liderança. É por isso mesmo que, quem tem cargo de gestão e muda de empresa tenta levar para esse novo desafio os melhores profissionais com quem já trabalhou.

Fazer a gestão de equipe que está engrenada, que tem o entendimento sobre a forma de trabalho e das entregas de cada um é, sem dúvida, um passo adiante para alcançar o bom desempenho. E, claro, a afinidade entre os membros do time é essencial para a evolução do relacionamento.

Por outro lado, ter pessoas diferentes na equipe é interessante para a geração de novas ideias, revisão de conceitos estagnados e a confluência de culturas, com profissionais advindos de grandes ou pequenas empresas, órgãos púbicos, empresas familiares, multinacionais etc.

Separamos para você 4 dicas de ouro para realizar a gestão de equipe com foco na alta performance, seja gerindo profissionais que já são do seu time ou uma turma nova:


1. Empatia é fundamental para a convivência. Antes de serem membros de sua equipe, eles são seres humanos que (sobre)vivem às vitórias e derrotas da vida pessoal e profissional. Escute, preste atenção e crie laços que possam fortalecer o seu relacionamento com cada pessoa do time.

2. Dê feedbacks continuamente, pois somente assim os seus liderados sabem onde acertam e erram, de forma a aprimorar sua atuação ou eliminar os gaps entre o desejado por você e o que eles têm entregue.

3. Autoconhecimento é tudo! Saber ouvir o que as pessoas têm a lhe dizer, isto é, saber receber feedback e ter autoconsciência do seu humor são pontos importantes para fazer a gestão de equipe motivada e não ultrapassar nenhum limite se aquele “não for um bom dia para você”.

4. Saiba delegar de acordo com as competências de cada membro de sua equipe. Cada profissional tem inclinação para realizar determinadas tarefas e se você já conhece o seu time, sabe onde pode pressionar. Se é um grupo novo, você provavelmente já se preocupou, no momento da seleção ou quando assumiu a gestão de equipe, em entender quais competências cada membro do time oferece. Assim, delegar prestando atenção também à sua comunicação são elementos essenciais para obter o melhor desempenho do seu time.

Tem mais dicas para compartilhar? Não hesite e nos escreva!

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