O curador de conteúdo tem um papel de grande relevância na implantação das Trilhas de Aprendizagem. Entenda o significado dessa atividade e por que designar apenas uma pessoa para desempenhá-la pode colocar o projeto em risco.


por Maíra Stanganelli / CMKT Leme | 24/4/2019 

Curadoria de Conteúdo

Crédito: Freepik

▶ As organizações que buscam as Trilhas de Aprendizagem têm um desejo inicial: acelerar a aprendizagem de seus colaboradores. A implantação desse projeto desencadeia outras ações, como tornar o conhecimento mais horizontalizado e acessível a todos, descentralizar a responsabilidade do RH em desenvolver os colaboradores, além de permitir que as pessoas assumam o protagonismo de seu aperfeiçoamento.

E quando os profissionais têm a chance de ser responsáveis pelo seu próprio desenvolvimento, a empresa ganha muito com isso: os colaboradores podem aprender conteúdos novos ao percorrer caminhos diferentes daqueles que, “tradicionalmente”, deveriam ser os seus. Como, por exemplo, passando por outras funções, departamentos, setores ou competências. Destacamos que essa é uma definição estratégica da empresa, que pode ou não optar por deixar as Trilhas abertas a todos os colaboradores.

Mas, para chegar a um modelo ideal de Trilhas, que pressupõe diversidade de opções de aprendizagem, compartilhamento de experiências (social learning) e descentralização de responsabilidades, é necessária uma estrutura formada por recursos humanos e tecnológicos. E é justamente neste ponto que a curadoria de conteúdo atua.


O QUE É A CURADORIA DE CONTEÚDO

Embora a expressão “curadoria de conteúdo” não tenha surgido agora, ela passou a ter bastante expressividade com o aumento da procura por projetos de Trilhas de Aprendizagem. Mas, dentro do RH, mais especificamente o T&D, fazer pesquisa e homologação de conteúdos e aplicá-los ao contexto organizacional para o desenvolvimento das pessoas já faz parte das atribuições da área e é, basicamente, o trabalho dos curadores de conteúdo.

Entretanto, executar essa atividade hoje em dia é um trabalho enorme. A quantidade de conteúdos que está disponível e em qualquer meio (redes sociais, blogs, podcasts, revistas, livros etc.) exige que o profissional tenha excelente senso crítico e seja um ótimo pesquisador para coletar e distribuir informação de qualidade. Há muito trabalho para ser feito, ainda mais quando pensamos no âmbito das Trilhas de Aprendizagem.

Portanto, a curadoria nas organizações deve passar por uma transformação – se é que ainda não aconteceu em sua empresa -, em que essa função seja descentralizada unicamente da área de T&D (mesmo que haja uma equipe grande, o que, raramente, é realidade) e distribuída também a outros profissionais com conhecimentos e competências específicas para assumir o papel de curadores de conteúdo.


PERFIL DO CURADOR DE CONTEÚDO PARA AS TRILHAS DE APRENDIZAGEM

O projeto de Trilhas de Aprendizagem da Leme Consultoria propõe o envolvimento de outros personagens porque uma só pessoa não é capaz de concentrar todo o conhecimento, nos mínimos detalhes, da organização. Dessa forma, cada trilha ou segmento deve ter um curador, que tem o objetivo de validar ou atualizar os conteúdos. Melhor ainda se o profissional eleito for um especialista no assunto.

E além de focar, obviamente, na qualidade do que será disponibilizado nas Trilhas, o curador designado para gerir a trilha ou o segmento precisa verificar se as informações também estão em estrito alinhamento com a cultura, a visão e a estratégia da organização.

Assim, é possível confirmar aquilo que afirmamos no início deste artigo: estabelecer que uma só pessoa (ou mesmo uma só área) seja responsável por todo o conteúdo das Trilhas de Aprendizagem é um risco grande, além de tomar muito tempo deste profissional, que teria que se dedicar exclusivamente à gestão e à manutenção dos conteúdos.


COMO TRABALHAR COM A CONTRIBUIÇÃO DE OUTROS COLABORADORES

A curadoria de conteúdo permite que outros profissionais, que não estejam envolvidos diretamente com o projeto, possam contribuir com a atualização das Trilhas de Aprendizagem.

Ou seja, se o colaborador está consumindo um conteúdo da Trilha que, eventualmente tenha uma oportunidade de melhoria, basta que este profissional faça a sua sugestão ao curador, que vai avaliar e validar se a proposta é relevante. E não precisa ser exatamente uma correção no conteúdo; o colaborador pode sugerir novas opções de aprendizagem além daquela(s) disponibilizada(s) originalmente.

E esse tipo de contribuição tem enorme valor para as Trilhas de Aprendizagem, porque as pessoas aprendem de formas diferentes! Então, quanto maior a variedade das opções de aprendizagem (vídeos, fluxogramas, documentos, grupos de trabalho, mentoria, livros etc.) disponíveis, maior a possibilidade de assimilação do conteúdo por mais pessoas.

O que importa é que as Trilhas de Aprendizagem não podem ser apenas um repositório de conhecimento, com formato estático! Elas devem possibilitar o compartilhamento de experiências para evoluir na velocidade que a organização necessita, além de aumentar o engajamento dos colaboradores.

Por esses motivos, as Trilhas devem estar disponibilizadas em um ambiente tecnológico capaz de armazenar todo o conteúdo e que, acima disso, seja acessível a todos os colaboradores. Qualquer dificuldade que o usuário encontre neste caminho pode se tornar uma barreira para que ele siga de forma confiante em sua aprendizagem. Ao escolher o sistema, é importante que o fornecedor tenha considerado não somente a experiência dos gestores do projeto, mas a dos usuários da Trilha de Aprendizagem também.

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O projeto de Trilhas de Aprendizagem da Leme Consultoria está disponível para organizações públicas e empresas privadas de todos os portes e segmentos. Cada projeto é personalizado para a realidade organizacional, mas sempre com foco na meta principal: otimizar a preparação dos profissionais, potencializando a velocidade de aprendizagem do colaborador.

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